quarta-feira, 28 de julho de 2010

A arca do véio

A arca do véio

Hoje fico pensando... Para um garoto de apenas 12 anos de idade, o quanto foi marcante.o dia em que meu irmão apareceu com um compacto duplo (4 musicas no vinil) de um conjunto musical de twist dizendo ser muito legal...
E nos ficamos ali a escutar...
Au ana rôu i ô rér...A u ana rôu i ô rér ou Shiloviu íé ié íé...Shiloviu íé ié íé...
Eu pensei... Rapaz que legal! Eu já gostava daquele ritmo na época, era o inicio da jovem quarda, Roberto, Ronie etc., mas aqueles caras... cantando em inglês era demais,
Eu parei com as musicas que meu pai escutava na nossa “radio vitrola” de válvula,
(quando ele sai é claro, senão o couro comia) e fiquei ali escutando, escutando sem enjoar A hard days night, She loves you, I want to hold your hands...BEATLES !!!
Este foi o primeiro disco (vinil) de rock que eu coloquei na agulha... Rock??? Eu nem sabia que havia definição para musica, folk, pop, ié ie ié, twist, raly galy etc etc... Musica é musica, meu pai ouvia Céli Campello,Tomo um banho de lua, eu gostava...
Ele tinha uns temas musicas de filme do Elvis Plesley eu gostava...
Meu pai ouvia Vicente Celestino O Ébrio... Eu gostava!!!
Tocava na radio Bandeirantes as musicas da época e nos ficávamos ali em volta do radio, escutando, aproveitando daquela invenção maravilhosa ouvindo... Musica!
Ai um dia minha mãe quebrou o encanto do meu pai pelo radio... Comprou uma televisão, e ele meio que abandonou seu parceiro de muitos anos, passou a assistir tv.
Bom... Pra mim foi uma maravilha, herdei uma arca (baú) cheio de discos a maioria eram de cera, acetatos não sei bem ao certo a matéria, só sei que quebrava com facilidade, e a vitrola?!! Ah... Esta eu tomei conta.
Hoje eu não sei ao certo se eles fizeram a mim... Um bem ou um mau!
Só sei que a partir dali minha vida passou a ser motivada pela musica (discos)...
Os anos foram se passando e eu me deliciando com os discos do meu pai, e com os que meu irmão aparecia lá em casa, e no radio tudo, tudo mesmo, samba, boleros, Tonico Tinoco etc... Na arca do veio tinha uns long play de musicas clássicas, valsas orquestradas boas de ouvir... Mozart... Schubert... Strauss etc... E vários discos de jazz;
Então tudo isto me leva a crer que eu aprendi a ouvir musica sem distinção de ritmo ou moda, coisa que hoje falam... Sou eclético!
Bom a minha coleção só começou quando eu comecei a trabalhar... (1967) arrumei... quer disser meu pai arrumou um emprego no prédio onde ele trabalhava de zelador no centro de S.P rua 24 de Maio, eu era oficeboy de um advogado Dr. Edson ele me chamava de secretário,e eu me achava o maximo, mas foi por pouco tempo ele(pai) arrumou outro emprego no mesmo prédio, na Casa do transistor, era uma oficina de radio transistores, na época era febre estar com seu Spika no ouvido, era quase do tamanho de um tijolo comia pilha, mas era legal...e eu por livre e espontânea pressão patriarcal tive que ir...
- Você vai aprender uma profissão... Dizia ele... E eu tive que ir... Pai é pai...
Voltando aos discos, na entrada do prédio no térreo tinha uma loja de disco, que se não me falha a memória era a mais conceituada entre os músicos e artista da época era a BRUNO BLOIS DISCOS, tinha lá um balconista que tava a fim de uma loirinha que trabalhava na oficina, e o cara me usava de correio... Tudo bem...
Ele me deixava escutar discos na gabine de som na hora do almoço, ate me dava uns compactos (vinil) de brinde! Mas no fim não deu em nada, a mina era maior galinha, ate eu pivete, andei tirando umas casquinha... Ai o jeito foi começar a comprar meus discos.
Não sobrava grana pra nada! Do salário só disco, almoço, condução e discos novamente, o véio (pai) queria morrer, mas bem feito quem mandou me viciar...
Na rua do meu bairro (Itaberaba Freg. do ó) tinha os amigos e as namoradas e nos resolvemos fazer um baile... Advinha de quem era o som... E quem era o discotecário... Pois é!
Meu primeiro dj... Nunca vou esquecer! Tinha la Beatles, Roling stones, Elvis, Roberto Carlos, Renato seus blue Caps;
E muita musica lenta, que o pessoal chama hoje de balada, Jonhy rivers, bee gees
The Mammas and Papas... Hermans Hermets( deve ta errado) e por ai vai...lembrar de tudo e difícil... Afinal faz tempo pacas... 40 anos passados
E o tempo passou e eu entrei no G.E. I pra cursar à 1ª serie ginasial, bom ai começou mesmo meu fanatismo por musica, conheci uns caras mais velhos que também gostavam de musica e resolvemos montar uma equipe de som, a Equipingão!
Compramos um amplificador GIANNINI TANDHERSOUND em quatro parcelas na Eletroradiobrás... Cada um ficou com uma (parc.) pra pagar;
Bom não precisa disser quem era o dj e quem comprava a maioria dos discos né?...
Final dos anos 60 a musica americana, (quer disser estrangeira, mas todos falavam americana), tomava conta das rádios, os músicos daqui viviam de versões italianas, americanas, francesas e inglesas a M.P.B fazia musica de protesto disfarçada, Caetano Chico, Edu lobo, Geraldo Vandré etc...
Começo dos anos 70 ate 76, ouve a invasão do rock, pop, hard, heavy, progressivo... Beatles, Roling, Who, Zepelin já eram conhecidos, e vieram Floid, Sabbath, Grand Funk, Uriah,Purple, Gênesis, Focus, Yes, E.L.P, Cledence, Queem, Doobie , Stily Dan, Status Qho, Rush , Ac/ Dc, Slad, etc etc...
Época da ditadura, dias difíceis, os universitários agitavam, jogavam bombas “sumiam” Mas nos adolescentes ginasiais não estávamos nem ai, negocio era curtir, fazer bailes, namorar! Mas ai a gente cresce, as turmas vão se acabando, juventude, bebidas... drogas... casamentos...brigas... Coisas da idade em fim.
Ate 76 eram musicas legais atrás de musicas, eu não vencia de comprar discos, pois alem de comprar os meus preferidos (coleção) tinha que comprar os temas de novelas pois tínhamos que ter a discoteca atualizada com musicas dançáveis.
76 começaram o debandado troca-troca de músicos nas principais bandas de rock, fora os que morriam de overdose, e as bandas que acabavam e tinha aquelas que se vendiam para as gravadoras e faziam musiquetas bem comerciais, Queem, Bee Gees etc...
Por trás vinha crescendo a Disco Music e não deu outra 77 com o filme Embalos a coisa pegou (disc), o rock pauleira ficou só para os apaixonados, ressurgindo (eu acho) após 82 acima com Judas, Iron, Mettalica, Guns etc
Pra mim coincidiu de eu ser contratado para vir trabalhar no Mato Grosso como técnico eletrônico e discotecário da Boate Koxixo de uma rede de hotel em Cuiabá (1977)
E o ritmo... Ora! Discotheque, Tina Charles, BeeGees, Barry, Vilagge People, Donna Summer, Abba etc etc...o acervo musical da casa era bom, mas o patrão me deu passagem de avião para ir a S.P comprar novos lançamentos da disc music, e eu fiquei nessa, rock por aqui era difícil , só saudades...
Quando eu sai de S.P eu tinha na minha coleção cerca de 600 long plays, afora compactos simples e duplos, que ficaram aos cuidados de um amigo irmão, Paulão da Vila Bancaria, os de novelas dei para minha namorada da época, os bee gees , elton Jonh, bread, a maioria pop romântico meu irmão pegou, um ano depois de eu estar por aqui eu pedi para meu irmão me trazer os discos das minhas coleções, Beatles, Roling,Floid, Yes, Gênesis, Purple, Sabbath, Uriah, Grand Funk, Focus, Kink Grinson,E.L.P...e tantos outros... Ele me trouce uma arca com 180 long plays (bolachões), os quais eu cuido com o maior carinho ate hoje!
Ficaram muitos para trás, mas como fez Noé na sua arca eu também salvei pelo menos um casal de cada espécie de rock dos maravilhosos anos 70 na minha arca também... Antes do dilúvio chamado, Disco Music!

Fuiiiiiiiiiii


Gil Cuiabá

Seu Lelo...Meu pai

Seu Lelo...Meu pai

Relembrar é nunca se sentir só,
Boas lembranças eu tenho
Dos colegas que fiz no Britão
Da querida Itaberaba, S.P... Freguesia do Ó!


Ver hoje garotos, garotas todos uniformizados a caminho das aulas,
Leva-me a relembrar da minha infância, da minha escola,
Lugar onde tiro muitos fatos que tive na minha historia;
Do primário ao ginásio eu estudei no Grupo Escolar prof. Joaquim Luis de Brito;
De onde eu tenho boas lembranças, que guardo na minha memória.
Hoje fico pensando e a fazer conjecturas se as lições que ali eu aprendi formaram o meu caráter,
E chego à conclusão que foram fundamentais, assim como as passadas pelos meus pais.
Desde criança sinto a carência de ter amigos, gosto de ser popular de participar de varias comunidades e tribos.
Voltando a minha escola e as lições de meus pais,
Lembro-me de um episodio em que meu pai corrigiu uma falha de caráter na minha infância, antes dele virar constância!
Todo dia levantava cedo para ir à escola, e quase sempre a estas horas,
Meu pai ainda estava a dormir;
Como sempre deixava sua calça no encosto da cadeira ao lado da cama; um dia eu vi dinheiro no bolso da calça dele, todo embolado, pequei uma nota e sai para a escola.
Não lembro bem quanto era, mas deu pra comprar muitas guloseimas, quebra queixo, pé de moleque... E arranjar muitos amigos!
Alguns dias depois voltei a fazer o mesmo, mas a calça estava dobrada no pé da cama, mas com os bolsos e o dinheiro a vista, titubeei...
Mas pequei outra nota, e foi só alegria nos dias seguintes, arrumei um monte de amiguinhos, puro interesses!
Depois acabou o dinheiro, acabou a popularidade... Os novos amigos? Passavam como se não me conhecesse.
Lá vou eu de novo; só que a calça já não se encontrava assim tão convidativa como antes,
estava dobrada, com os bolsos fechados e na cabeceira da cama (qual ele “dormia”) do lado do travesseiro;
Vendo aquilo e lembrando do braço pesado que ele tinha, não fui não!
Fiquei duro, porem inteiro!
Mais tarde, há poucos anos antes dele falecer, contei-lhe este episodio,
De onde ele me revelou que sabia, só estava vendo até onde eu iria,
Pra me pegar e arrebentar no pau...
Este era meu velho Pai, um sábio e eu não sabia!
Hoje eu sendo pai dou valor a ele, pois com o pouco dinheiro que ganhava nunca deixou faltar alimento em casa... Posso dizer nunca passei fome!
Quanto a caráter e honestidade tava ali um bom exemplo, não bebia nem fumava, um verdadeiro hombre.
Quanto à ignorância e brutalidade para com os filhos... Era com ele mesmo!
Perdão por vir a entendê-lo muito tarde... Meu pai!
Não vou disser que me envergonho deste fato, pois eu era criança e não sabia fazer o discernimento do certo e do errado ainda!
Guardei na memória esta lição para que nunca esquecesse!
Eu como vários brasileiros, hoje estou passando por uma fase difícil monetariamente,
Mas graças a Deus ainda mantenho a hombridade a honestidade e os amigos corretamente.
“Hoje eu sei que dinheiro não compra amigos, compra interesses!!!”


Gil Cuiabá

Nosso Chevrolet 1938.

Nosso Chevrolet 1938.

Após um ano(1968) de convivência com a turma da 1ª serie ginasial eu já havia elegido meus melhores amigos, Carlos, seu irmão Wilson o Celso e o Eise; e assim foi 2ª 3ª...etc.etc...
Adolescência... Curtição, festas, esses eram os caras, a famosa Equipingão!
Todos eles apesar de só o Carlos ser “d maior”, sabiam dirigir, seus pais possuíam carro,
davam umas pegadinhas de vez em quando, eu não sabia, mas a vontade de aprender era enorme!
Então vamos a historia...
O Carlão ficou sabendo que em Jundiaí (cidade que fica a 60, 70 km de S.P eu acho) tinha um chevrolet 38 apodrecendo na rua em frente a casa do dono do carro, e que ele venderia bem barato a quem fizesse ele funcionar e retira-lo de lá.
Bom... Nem preciso dizer o assanhamento que se apossou da turma, o cara queria
Cr$ 600,00 e os amigos começaram a fazer as contas para ver quanto caberiam a cada um na divisão, eu fiquei na minha, era o quebrado da turma (até hoje).
Trabalhava de ofice-boy, ganhava salário de menor... Uma merreca, e eles nem me colocaram na partilha, pois sabiam que eu não tinha, mas eu era da turma, só não seria proprietário do “veiculo”.
Tudo bem... Fomos para Jundiaí conhecer a Maquina, me apaixonei de cara, vermelho, parecia carro de mafioso, o vidro traseiro era ovalado pequeno, banco de couro, maravilhoso e não tinha podre não!!! Mas não funcionava... O Carlão que conhecia um pouco de mecânica disse...
- nos vamos fazer essa porra funcionar e vamos comprá-lo!
Na volta a São Paulo ficamos sabendo que o Eise, que nem tinha ido viajar com a gente, havia pulado fora da negociação e com isto iria ficar pesado só para os três (Carlos, Celso, Wilson), tristeza geral, ate eu, que seria só um carona senti, (acho mais do que eles), pois eu via ali a minha oportunidade de aprender a dirigir!
Minha mãe que tinha um espírito mais jovem do que eu, (ela era jovem tinha apenas 30 e alguns, mas sabe como é, mãe é sempre “coroa”). Notou a minha tristeza e perguntou o que estava se passando, eu contei a ela sobre a frustração dos rapazes, e a minha também, por não poder ajudar ($$$), ai ela me saiu com esta...
- vou lhe emprestar CR$150, 00, mas que seu pai não fique sabendo!
Mãe é Mãe!
Alegria geral... na semana seguinte, com o dinheiro no bolso lá fomos nós a Jundiaí fechar negocio,
Mas havia uma grande diferença sobre a 1ª viagem... Éramos agora quatro... os proprietários do Chevrolet 38
Meu primeiro “Carro”!

(A estória de consertar e trazer este carro pra cidade de S.P, Freguesia do O é mais longa ainda, depois eu conto!!! )

Nosso Chevrolet 38 (parte II)

Fechamos negocio com o antigo proprietário do veiculo logo, sem antes mesmo colocar o bólido pra funcionar, e se este era o problema mãos as obras!
A intenção era trazer o carro pra nos curtirmos o carnaval em grande estilo... motorizado!
Tirar as rodas, encher os pneus, trocar o óleo, verificar os freios, tava lá ...oh turma animada, sábado... No domingo voltamos; Limpar carburador, colocar gasolina, lavar o carro, colocar aqua no radiador... Radiador! Ah! Este foi a pedra no nosso sapato; bom...conseguimos por a maquina para funcionar, demos uma volta no bairro lá de Jundiaí e o bicho esquentou que saia ate fumaça da tampa do radiador que ficava na frente com uma estatueta alada encima.
Como já era tarde viemos embora pra S.P pra retornar na próxima semana...o semana difícil de passar, o Carlos procurou saber do porque do esquentamento com o Pintado (pai dele) e este veio com a gente na viagem seguinte, na opinião dele por o carro ter ficado parado muito tempo, o radiador deveria estar sujo, entupido coisa assim! Então vamos lá, tira fora, leva no posto, da um esguicho forte nas colméias do bicho, verificamos os canos, borrachas, tudo em cima, coloca no lugar, aqua nova (filtrada) liga o bicho... vrummmmm...eitaaaa la vamos nos pra estrada, beleza saímos de Jundiaí, a alegria durou bastante, estávamos lá na estrada e começa a sair a teimosa fumacinha do radiador;
- É assim mesmo gurizada... Falou o Pintado pra nos acalmar, mas, alguns km a frente o bicho começou a falhar, falhar ate que parou, lá vai nois empurrar o carro em plena rodovia
Ainda bem que naquela época não tinha o trafego de hoje, e era um domingo, mas mesmo assim veio a policia federal e já chegaram esculhambando, xingando nos que estávamos atrás do “veiculo”, ai empurramos pro acostamento e o nosso motorista desceu...
-Pintado seu filho da p... Como você faz uma coisa desta,
-quer morrer e ainda levar este bando de pivetes com você!
Pois é... O Pintado trabalhava no DNER, era conhecido por todos os policiais... sorte!
Escoltaram nos ate uma fazenda que ficava na beira da estrada, e deixamos nosso “carro”;
Paciência fica pra próxima semana, assim pensado assim feito, domingo cedo lá estávamos-nos de novo, desta vez sem o Pintado e ainda pegamos carona num caminhão que foi parado pelos P.F no posto aqui de sampa, ficamos enturmado com os tiras, obra do Pintado.
Bem... não lembro se nos trocamos o radiador, mas colocamos o baita na estrada de novo, desta vez ele rodou bastante, mas quando chegou em Cajamar...esquentou de novo, parou num posto, e não saiu mais, apareceu um pseudo mecânico e disse que a hélice poderia ter sido trocada, não era a original por ser muito pequena, o Carlão não botou muita fé mas,
- pra próxima nois trais uma hélice nova e bem grande!
Então ta! Mais uns dias... oi nois outra vez, hélice trocada, liga o motor, acelera com o carro em ponto morto...rapaz precisava ver o vento que a hélice nova fazia...Quero ver esquentar agora! Pé na estrada... pé não, pneu na estrada, espera não vai dar...já era tarde tava escurecendo, e a parte elétrica (farol) não estava bom, então fica pra amanhã.
Quarta - feira de cinzas do carnaval do ano de 1970 chegou a S.P o nosso Chevrolet 38!!!
Carnaval... não deu pra curtir! Mas enfim tava lá nosso carro, ficamos com ele poucas semanas, logo apareceu comprador e o Celso que era o rabugento da turma queria vender, e assim o fez, não sei por quanto, mas eu recebi CR$200.00, paguei minha mãe e ainda sobrou CR$50.00, não sei dizer se sai no lucro, pois tivemos despesas nesta maratona ao trazê-lo;
Mas de uma coisa eu tenho certeza, foi uma aventura e tanto, aqueles dias no nosso “carro”!


Gil Cuiabá

Primeiro baile de formatura do G.E.I

Primeiro baile de formatura do G.E.I

Nos anos que cursei o ginásio fiz bons amigos, a maioria começou na 1ªserie noturna do primeiro ano do Luis de Brito como ginásio, nos anos seqüentes alguns mudavam de classe, mas a amizade feita na 1ªserie continuava, ate que eu por motivos mil, e principalmente pela matéria desenho repeti a 3ª serie, ai os velhos amigos passaram um ano na minha frente, eu amarguei a vergonha de ver eles se formarem no ano seguinte e eu ainda tendo mais um pela frente, tudo bem apareceram novos e os velhos amigos fieis estávamos sempre juntos nos finais de semana.
Bom, eles já não mais estariam ali, então era a minha vez de terminar o ginásio 4ª serie (8ª, pois ouve a união do primário com o ginásio)
Final de ano, a tradicional soma de notas para ver quem passava direto ou teria que fazer a prova final (no maximo 3 matéria) e quem não passava ainda tinha a 2ª época,
Pois é, como sempre to eu lá de novo 2ª época de Desenho, precisando tirar 9, difícil!
Meu problema com geometria (desenho) era que a professora dava só uma sabatina por bimestre, exigia o caderno perfeito com todas as aulas, mais trabalho de casa, maquete, mobílie e outras coisas... Bom, sabatina (prova) eu ia bem de nota, caderno... Aquela tristeza, trabalho... Ah! Este eu não fazia mesmo! Ela somava a nota dos três e dividia, o resultado era a media bimestral... Da pra imaginar quanto era né!
No dia da prova nem fui trabalhar fui para casa do Eise estudar no caderno antigo dele
e ter algumas aulas, pois o cara era bom, tanto era que hoje ele e Arquiteto,
Ao som de Cledence, Beatles, Bee Gees, me afundei nos cadernos e estudei, estudei...
e a noite fui fazer a prova, cansado mentalmente, mas fui, com uma coisa eu contava, sempre fui um bom decoréba, gravava na memória as coisas ate por 2 dias.
A prova foi resolvendo rápido, quadrado da hipotenusa, cateto, oblíquo, tava tudo bem, me enrosquei em uma ou duas questões, chutei... O resultado saiu não lembro se no mesmo dia ou no seguinte, só me lembro que havia eu e mais uns “maus alunos” de 2ª na classe, e a professora começou a dizer as notas, bom na classe havia poucos alunos, mas no corredor, na porta da sala tava cheio, era a minha torcida organizada, a maioria era a meu favor, mas tinha 1 ou outro que queria ver o meu oco
Quando a professora chamou o meu nome à turma começou a bagunça, ela ameaçou anular a minha prova... Pelo amor de Deus passar por tudo aquilo de novo, eu acho que nem eu merecia... Silencio turma, por favor...
- Gilberto Alexandre... Precisava de 9 tirou 9.5!!!
Cara! a turma invadiu a sala e ela ameaçando, eu já não estava mais nem ai, me carregaram, fizeram bagunça...eu também! Afinal... Passei!!!
Eu tinha que passar estava em jogo todo o um ano de preparação para o baile de formatura, já pensou eu de fora!?? Eu era um dos cabeça da comissão de formatura, contratamos uma agencia e eles cobraram uma fortuna, com tudo que nos tínhamos direito, salão, convites, conjunto musical, arranjos e o escambau, quem fosse participar teria de pagar CR$ 90.00 podendo pagar parcelado durante o ano,
Fizemos excursões, rifas, bailes tudo pra arrecadar o dinheiro.
Já pensei eu já havia pagado! E repetir, fazer tudo de novo... Não!
Enfim chegou o dia do baile que foi no Casa de Portugal nas Perdizes onde pra lá nos fomos a tarde para arrumar o salão, colocar o nome dos formandos nas mesas, tudo o mais...
Na divisão de tarefas eu fiquei incumbido de recepcionar os formandos e mostrar onde se localizava as suas mesas. Deste fato eu me lembro bem, pois aconteceu um probleminha...
Algumas semanas antes do baile o Charles me chamou para ir a casa dele pra me mostrar o terno que ele havia mandado fazer para aquele evento, bom lá fui eu;
O cara abriu o quarda-roupa e tirou um jaquetão 4 botões, preto riscadinho...legal
Eu fiquei ali :pow legal... Mas por dentro... O cara só quer se mostrar! Tudo bem...
O meu só vou comprar quando sair o pagamento, pra variar coisa de um duro!
E foi o que eu fiz, 3 dias antes do baile fui na Garbo e comprei um terno azul escuro, pois esta era uma das exigências da comissão de formatura, traje social escuro.
Ta... Voltando ao baile, to eu lá no alto da escada recepcionando os amigos, Quando eu vejo o Charles e família chegando.
Cara! o terno dele era igualzinho ao meu, quer dizer o meu era igual ao dele, só a cor era diferente mas o azul era tão escuro que parecia preto com risca de giz, jaquetão 4 botões ...idêntico!
- CHARLES me desculpe não fiz de propósito!
(ate hoje ele não me perdoa)
Bom tirando o mal estar do inicio aquela foi uma das noites mais feliz da minha vida.
A noite do primeiro baile de formatura do Ginásio Estadual de Itaberaba (G.E.I)
Dancei a valsa com a minha madrinha Arimar, (uma paixão da época) e pra variar fomos terminar a noite (madrugada) no Largo da Freguesia na pizzaria do Ginão!
Hoje fico a refletir sobre estes amigos, como teria sido para cada um deles aquilo tudo, pois cada qual tem o seu mundo, um jeito de ver as coisas, sua historia sua turma, como eu gostaria de ouvi-los contarem os fatos pela sua propia visão e memória daqueles anos loucos em que nós nos passamos a ver todos os dias, cada um com seus problemas particulares, mas quando ali chegava portão adentro... G.E.I. pelo menos para mim não existia outro mundo lá fora... Os problemas sumiam.
Cada classe com seus alunos, mas cada qual tinha a sua turma:
A turma do Clovis Casagrande
A turma do Silvio Pavan (vespertino)
A turma do Marquinho (Crioulo)
A turma do Queiros
A turma do Tiqueis( kokidrama)
A turma do Franja
E a nossa... Equipingão!

Gil Cuiabá

Tic...tac...tic...tac

Tic...tac...tic...tac

Você estava atrasada, demorava a chegar ao local,
a qual nos marcamos nosso primeiro encontro.
E eu já estava ali há algum tempo, meus olhos não desviavam de uma só direção...
A porta de entrada do restaurante; já estava achando que aquele dia era especial,
Pois nunca vi tantas mulheres bonitas a adentrar em um só lugar,
mas eu tinha certeza que eu a reconheceria assim que a visse,
tic...tac...tic...tac aquele som não saia do meu Subconsciente...
10horas... E nada de você chegar...10.01...10.02...tic...tac...10.11...nada...
Como será que ela ira estar vestida?...
Aaah eu já sabia...como estará seu penteado?...
Também sabia! Depois de tanto tempo que somos amigos virtuais...
Alem do mais agora então, estamos namorando!,
Eu já a conheço, vi suas fotos, lhe reconheceria em qualquer lugar...
tic...tac...tic...tac...e esse barulhinho lá no fundo!?...
- Ola... Ouço uma voz... Retiro a direção dos meus olhos da porta,
qual estava focando a mais de ½ hora, e me viro para a mesa a minha costa.
Vejo a mulher mais bonita que meus olhos já puderam presenciar,
morena, madura, com um semblante de pessoa inteligente, a me fitar,
como se estivesse me avalizando há algum tempo.
Cheguei a ver aquele monumento entrar, mas eu estava esperando
a minha Bruxinha... não estava ali para flertar...
tic...tac...tic...tac...Ouço...
Ela me diz:
- Você esta fazendo algum tipo de meditação... Alguma terapia?
- Não!...
- Pois parece, você esta em transe com os olhos fixo em um só ponto.
- Nãããoo, e que estou esperando aquela que ira me fazer feliz...
a minha Bruxinha!
Tic...tac...tic...tac...
- Pois eu já cheguei a mais de 10 minutos...
Reconheci-lhe de cara...
Como você não me deu bola...
Sentei aqui para lhe observar.
Tic...tac...tic...tac...
Minha nossa, será possível, aquilo tudo, não pode ser, linda, maravilhosa...
Minha bruxinha!?...
tic...tac...tic...tac...
Levantei-me e fui ao seu encontro, você também o fez, nos abraçamos,
e o inevitável aconteceu, nos beijamos...
Nossos lábios estavam ansiosos por aquele momento,
e...tic...tac...tic...tac...
Trim im im im im im im immmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
Acordei...Maldito despertador...
Na melhor hora do meu sonho...
Pow(tapa)...craszhhhhhh...shiiii vou ter que comprar outro!

Gil Cuiabá

sexta-feira, 2 de julho de 2010

(Conto) A Mala...

(Conto) A Mala...
Sendo um cara ponderado, muitas vezes me vejo em certas saias justas.
Agir ou não agir, fica a duvida para resolver problemas inesperados.
Vamos a historia...
Segunda feira, dia cacete, muito trabalho, pouco dinheiro, 18.30 h.
Estava eu (Pedro) me preparando para sair quando o telefone tocou, era um ex-amigo que há algum tempo eu não via:
- Pedro
- sim
- Sou eu, o Humberto, cheguei agora em Cuiabá e me roubaram dentro do ônibus na viagem, estou aqui na rodoviária.
- Porra meu, iai como foi isso cara!?
- Ah bobeira, dormi em Rondonópolis só fui acordar em Cuiabá,
- Oh meu, te liguei porque to sem grana ate pra pegar um ônibus.
- Agüenta ai estou indo te buscar.

Peguei meu carro segui em direção à rodoviária, pelo caminho fui imaginando a situação, pensei... Quando chegar vou levá-lo para dar gueixa na delegacia.
Lá estava ele, cara de assustado, com uma mala enorme no chão,
Nem bem estacionei já foi abrindo a porta do carro, colocando a mala no banco de trás, e pedindo pra ir embora dali o mais rápido possível.
Senti que algo não estava certo:
- o quê que foi cara, não vai dar gueixa na delegacia.
- Você ta louco, vamos embora daqui rápido!
Aquilo me assustou, mas obedeci.
- Vamos pra onde, perguntei?
- cara me leva lá pra sua oficina, preciso te contar e entregar uma coisa!
Nessa minha cabeça já começou a imaginar besteiras, não podia dar outra.
Pelo caminho Humberto todo nervoso não falou mais nada, eu muito menos quis perguntar, saiu só um tímido:
- Iai como vai a Marta, sua esposa?
- Tivemos uma briga feia ontem à noite!
E derramou-se em lagrimas;
Eu fiquei com mais medo ainda do que poderia sair dali, calei-me.
Chegamos a minha oficina, abri a porta e fui ajudá-lo a tirar a enorme mala do carro, ele mais do que depressa me empurrou e disse que ele mesmo dava conta de tirar sozinho.
Aquilo me irritou
- cara, mas que tanto mistério, me diga logo o que esta acontecendo, ou nem vou deixar você entrar com esta mala aqui!
Fiz esta observação porque minha imaginação já andava a mil...
Já estava ate achando que dentro da mala tinha era o corpo da esposa dele, a Marta!
Ele me falou:
- vamos entrar que lá dentro te conto tudo!
Entramos ai ele começou o relato, que lhes passo adiante:
- Pedro você sabe toda a minha estória de vida com a Marta, você nos conhece bem, pois fez parte da nossa vida romântica.
Verdade, com aquelas palavras ele me fez lembrar Marta, nos morávamos na mesma fazenda conhecíamos desde criança, eu Humberto e Marta, amigos inseparáveis, nossos pais eram empregado do pai dela, morávamos na propriedade deles, e como muitas historias, a paixão, o amor só poderia surgir dali.
Conosco não foi diferente, aliais foi diferente, pois o amor brotou nos nossos corações, a velha estória de Pedro que amava Marta que amava Humberto.
De diferente era que ela tinha o mesmo sentimento por Pedro (eu), que tinha Humberto como a um irmão, e a ultima coisa na vida seria atrapalhar suas tentativas de conquistar não só a amizade como também o amor dela, mas as intenções dele era por pura ganância e interesses, eu disse tinha; porque ele para chegar a sua meta, jogou sujo comigo fazendo com que Marta afastasse de mim e terminar se casando com ele, o Humberto.
Bom, mas isto para mim já era águas passadas, eu achava, mas com aquela visita, tudo me levou ao passado.
- Pedro... A voz dele me fez voltar ao presente...
- Ontem nos tivemos uma briga, e você sabe, na hora da raiva falamos coisas sem pensar, e seu nome entrou na discussão.
-Como assim a muito que não os vejo desde que saí de lá pra morar em outra cidade!?...Esbravejei
- Calma me deixa terminar... Nesses últimos anos ela mudou muito, andava triste, eu sempre quis que tivéssemos filhos, ela recusava, pois dizia que a gravidez iria deformar seu corpo, besteira eu dizia, ela assim seria amada por mim, mais ainda.
Realmente... Minhas lembranças voltaram a ela... Marta... Loira, olhos azuis e corpo escultural...
- Então eu propus a gente adotar uma criança, no qual ela refugou a idéia na hora, isto me irritou e quis saber a real sobre esta aversão a maternidade...
Ai eu ouvi o que eu nunca esperava ouvir dela:
- Casei com você, mas tu sempre soubeste do meu amor pelo Pedro...
- Pedro, naquele instante você era a pessoa a quem eu mais odiava na face da terra.
- Mas eu não tenho nada a ver com suas brigas... Salientei... Logo após o casamento de vocês eu vim morar em Cuiabá exatamente pra não atrapalhar.
- Este sempre foi seu jeito, bancar a vitima para impressionar... Ele retrucou.
Aquela conversa já estava descambando para discussão, falei...
- Afinal o que você veio fazer aqui em Cuiabá sozinho... Acabar com o meu sossego?
- E que estória foi aquela de ser assaltado no ônibus, não ter dinheiro, se estou vendo dinheiro em sua carteira!
- Foi à única maneira que encontrei pra que você fosse me buscar pra nos termos esta conversa... Ele falou!
- Então me diga logo, pois estou ficando sem paciência com você!
Aquela revolta me lembrou nossa ultima conversa há alguns anos atrás, quando fiquei sabendo que ele pra me detonar, andou falando para Marta que eu não era chegado em mulher, e inclusive já o havia cantado.
Marta duvidou, mas ele tanto que conversou na sua cabeça que ela fez ver em sua imaginação um lado errado de mim, pois a mesma nos tempos de criança tentava empurrar suas amigas para que eu namorasse, mas eu como só tinha olhos para ela, recusava.
Acabei sabendo por meio dela estas coisas que ele inventou, e fui tirar satisfação com ele, não entramos em luta corporal porque outros amigos nos separaram, mas também foi a ultima vez em que nos falamos, ate este fatídico dia de hoje.
Afastei-me dos dois, inclusive de Marta por achar que ela estava levando aquelas fofocas a serio só pra poder ficar com ele...
Afinal na minha conclusão os dois se mereciam!
E Humberto continuou seu relato exaltado:
- O Pedro foi embora pra Cuiabá, já tenho o endereço dele irei procurá-lo, e pedir desculpas pelo mal que lhe causei, pois se eu soubesse que você mesmo estando comigo não iria esquecê-lo, não teria me casado contigo.
- Pois eu tenho certeza que o Pedro esta ate hoje solteiro na esperança que você um dia ira voltar, enfim, ele ainda te ama!
-Vá siga seu caminho não irei lhe impedir... Eu disse a ela naquele instante!
Como eu poderia acreditar nas palavras de um sujeito que chegou a manchar a honra de seu melhor amigo pelo amor daquela mulher... Disse-lhe...
- Então por que quem esta aqui é você ao invés dela?
-Eu disse que não lhe impediria, mas seria de meu jeito... Então ela também veio comigo... E foi saindo em direção à mala que ele havia trazido...
Não o deixei nem terminar a ultima palavra já fui lhe cobrindo de murros, chutes e pontapés, minha raiva era tanta que lhe golpeei com um cabo de vassoura que surgiu do nada em minha mão na hora da ira, ele desmaiou.
Corri para abrir a mala com a maior certeza do que iria encontrar em seu interior!
Mas para minha surpresa só encontrei roupas de mulher
Ai... Ai... Ouvi-o gemendo de dor e corri para interpelá-lo
- O que esta acontecendo... Aonde esta a Marta?
- Você esta louco! Eu aqui querendo unir vocês novamente e você me agredi assim sem razão... O que esta pensando... Não me diga... kkkkkkkkkk vc estava pensando que eu a matei e trouxe o corpo nesta mala!? Kkkkkkkkkk, só você mesmo sempre cheio de imaginação e fantasia nunca esteve aqui entre nos, vives no mundo da lua.
- O que tu queres que eu pense, chega aqui com este ar misterioso se debulhando em lagrimas, me contas sua ultima briga com ela, me diz ter vindo em sua companhia, e lhe encontro sozinho na rodoviária com esta mala enorme!?
- Pois saiba que isto foi idéia dela me mandou vir falar com você antes, pois ela quer saber se você ira aceita-la, e eu me coloquei neste papel de cupido, por saber ter sido eu quem atrapalhara o amor de vocês desde os nossos tempos de criança, eu sempre gostei muito dela, mas também sabia que o sentimento amor ela só tinha por você, eu tenho um defeito um desvio de caráter confesso, sou invejoso sim, sempre quis ser como você, um cara inteligente bom caráter, leal, e por não conseguir chegava às vezes ate a lhe odiar...
- Não sei ainda se o sentimento que eu nutria por ela era amor, mas o sentimento de competição que eu tinha com você me fez ate a bancar o cafajeste para separá-los.
- Mas não levamos uma vida de casal apaixonados, seu nome virava e mexia saia em nossas conversas... Ela nunca lhe esqueceu
- Vá saia, ela esta ai fora em nosso carro, pois foi com ele que nos viemos pra Cuiabá.
- O pedido pra você ir me buscar foi tudo uma encenação...
Vá, veja você mesmo se não estou falando a verdade!
Aquelas palavras me deixou tonto, atônito sem reação, pensamentos fervilhava em minha cabeça... Como posso sair aceitar aquela a quem sempre amei, aquém eu queria ser o primeiro dela, como ela seria a primeira para mim?
Agora ela já não é mais virgem, mas eu continuo, nesses anos todos (4 ao todo) fiquei esperando por alguém parecida ou ela mesmo...
Pois bem, agora ela esta ali ao meu alcance...
Preciso tomar uma decisão...

GIL Cuiabá 12/04/2010
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ps:Parte l, kkkkk se vier mais besteiras na cabeça vai ter continuação...
por enquanto é Fim.